Distribuição Eletrônica

Temos como prever o número de níveis eletrônicos e a quantidade de elétrons presentes na eletrosfera de um átomo.

Vamos realizar como exemplo a distribuição eletrônica do átomo de cálcio, que tem 20 elétrons, tendo em vista a tabela seguir:

1º) Colocaremos 2 elétrons no nível K:

K = 2, restam 18 elétrons

2º) Não poderemos colocar os 18 elétrons restantes no nível L, pois nele só podem existir no máximo 8. Então:

K = 2, L = 8, restam 10 elétrons

3º) O próximo nível é o M, que pode conter no máximo 18 elétrons. Contudo não poderemos colocar os 10 elétrons restantes nesse nível, pois o número de elétrons do último nível não pode ultrapassar 8 (exeto no paládio). Então:

K = 2, L = 8, M = 8 restam 2 elétrons

4º) Restam apenas 2 elétrons, que podem ser distribuídos no próximo nível, N, pois para átomos com mais de três níveis, enquanto o penúltimo nível não estiver completo com 18 elétrons, o último nível terá, no máximo, 2 elétrons. Então:

K = 2, L = 8, M = 8, N = 2

Na verdade, esse exemplo é apenas uma demonstração didática para que possamos distribuir os elétrons mecanicamente nos níveis eletrônicos.

A Eletrosfera do Átomo

Muitas pesquisas indicam que a eletrosfera do átomo é dividida em níveis (ou camadas)
Na eletrosfera, os elétrons orbitam em torno do núcleo ocupando regiões denominadas níveis de energia ou camadas eletrônicas. Esses níveis são designados pelos números inteiros de 1 a 7 ou pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P, Q, respectivamente. Os elétrons movem-se nas camadas. Caso o elétron receba ou libere energia, ele pode saltar de uma camada para outra.

Cada camada eletrônica pode conter certo número de elétrons, conforme a tabela.
O número de camadas varia em função do número de elétrons que o átomo possui. A distribuição eletrônica, na maioria dos átomos, obedece a algumas regras:

* em qualquer átomo, exceto no paládio, o número de elétrons na última camada não ultrapassa 8; a camada K comporta, no máximo, dois elétrons.

* a penúltima camada de qualquer átomo, seja qual for, tem, no máximo, 18 elétrons;

* para os átomos com mais de três camadas, enquanto a penúltima não estiver completa com 18 elétrons, a última terá, no máximo, 2 elétrons.

Partículas Fundamentais do Átomo

As partículas fundamentais do átomo caracterizam-se por suas cargas elétricas e por suas massas. O elétron possui carga elétrica igual a -1 e massa desprezível; ela é cerca de 1.836 vezes menor do que a massa do próton, que é igual a 1. O próton possui carga elétrica +1; o nêutron não possui carga elétrica e possui massa igual à do próton.
Os nêutrons e os prótons do núcleo são mantidos agrupados por uma força de atração extremamente intensa. A eletrosfera é atraída pelo núcleo devido às cargas elétricas opostas: ela tem carga elétrica negativa equivalente à carga elétrica positiva do núcleo. Então, um átomo em equilíbrio é eletricamente neutro.

Não se confunda!Quando se é dito que a massa de um próton é 1, não significa que seja 1 grama (1g) ou um quilograma (1 kg). Na verdade é 1u. Essa unidade corresponde a cerca de 0, 000 000 000 000 000 000 000 0017 g.

Estrutura Básica do Átomo

Toda a matéria é constituída de partículas muito pequenas, arranjadas de maneiras diversas, denominadas átomos.
Na antiguidade, supunha-se que o átomo era indivisível e maciço, mas no início do século XX ficou provado que ele é descontínuo, sendo formado por partículas ainda menores.
Depois de muitos anos de pesquisas e de muitas experiências, os cientistas criaram um modelo para o átomo; tal modelo nunca foi visto por uma pessoa, e sim deduzido. Descobriu-se que o átomo tem um núcleo composto por partículas denominadas prótons e nêutrons e uma região chamada eletrosfera que contém outras partículas, os elétrons.